Resumo do livro: A
Chave do Tamanho.
Dona Benta está triste em
decorrer da guerra, dizendo a Emília, que não entendia o porquê disso, já que a
guerra era muito longe do Sítio do Pica-Pau Amarelo, que a cada pessoa que
morre na guerra, para ela é como se morresse um filho seu. Emília, determinada
como sempre, resolveu ir à busca de um desfecho diferente para a guerra. Ela
pensou assim: se existe um início para a
guerra, deve ter um final, assim como a chave abrindo o baú. E o baú é aberto e
fechado por uma chave. Então, deve ter uma maneira de achar a Chave da Guerra e
fechá-la! E assim fez. Na noite, enquanto Visconde dormia, Emília sabotou
uma reserva do superpó que Visconde estava estudando e fabricando, tomou uma
pitadinha e ZÁS! Foi-se para a Casa das Chaves, onde certamente encontraria a
chave para fechar a guerra.
Emília chegou à Casa das
Chaves, contendo (é claro) milhões de chaves. Porém, eram muitas e Emília não
sabia qual era a chave certa para acabar com a guerra. Resolveu, por fim,
abaixar as chaves de uma por uma até encontrar a correta. Abaixou a primeira e
ZUM! Emília ficou presa embaixo de pano e mais pano. Quando se livrou de todo
aquele trapo, que era a sua roupa (ela não encolhera com Emília) descobriu que
havia abaixado a Chave do Tamanho. Ficou contente porque sabia que os homens da
guerra agora nada poderiam fazer a não ser se cutucar com agulhas e espinhos.
Emília saiu da Casa da
Chave, voando (literalmente) para o Sítio do Picapau Amarelo. Qual foi a sua
surpresa que pousou no local mais inesperado: bem em frente ao pinto Sura,
louco de fome, achando assim que Emília era uma minhoca (e das bem gostosas!).
Tentou correr, mas seu passo de um centímetro comparado com os de dez
centímetros do pinto Sura... Aspirou meio grão do superpó e ZIM! Foi parar num
local desconhecido, perto do Sítio, talvez numa cidade vizinha. Andou (ou pelo
menos, tentou andar) até atravessar a calçada, que demorou uns dez minutos,
pois era pequena (seu comprimento era de um centímetro, para ter uma noção)
demais para dar passadas que rendiam. Mas... Até que Emília estava reconhecendo
aquele lugar! Era a cidade vizinha do Sítio do Pica-pau Amarelo! Não estava
longe e... Só agora tinha notado que a cidade estava deserta. Apenas montinhos
de roupas e mais roupas amontoadas pelo chão e carros estropiados em postes ou
árvores eram o sinal de “apequenamento”, como dizia Emília.
Resolveu entrar numa casa, a
de Major Apolinário, que, por sorte, conseguira escapar do monte de roupa que
antes ele mesmo usava. Estavam (ele e sua família) todos nus. Porém, dentro de
sua casa, tinha um gato: o gato da família, que não tardou a comer o Major, sua
cozinheira e sua mulher. Apenas Juquinha e Candoca, que eram os filhos do
Apolinário sobreviveram. Mas precisavam se vestir para protegerem-se do frio. A
solução novamente veio de Emília, que enrolou Juquinha e Candoca em dois
macinhos de algodão. Também enrolou os pés, pois aquilo que antes chamavam de
“chão”, é uma enorme pedreira! Emília, gentinha inteligente, molhou suas
botinhas em gema de beija-flor, que os levou para o seu ninho, a fim de
fazê-los como palha. Por fim, os três encontraram Visconde, que lhes deu a
cartola para casa, ou melhor, Sítio da Emília, no qual ela guardava seus
badulaques. Juntos, visitaram (com o superpó) a China e outros países, a fim de
ver como fora o “apequenamento” para aquelas bandas.
Quando chegaram ao Sítio do
Pica-pau Amarelo, fizeram um “júri” para decidir se o tamanho voltaria, pois só
Emília sabia o caminho de volta para a Casa das Chaves. Pobre Visconde! Ficou
com ele o destino de decidir se as pessoas voltariam ao tamanho normal, já que
os votos a favor do tamanho empataram com os que eram contra o tamanho. Emília,
achando que Visconde era seu escravo, achou que ficariam pequenos para sempre
(que bom!). Porém, Visconde votou a favor do tamanho. Ele e Emília tomaram mais
superpó e foram à Casa das Chaves, no qual a Chave do Tamanho foi reerguida e,
supõe-se, muita gente no mundo morreu de “entalamento”, pois os que se
escondiam em fresta e tijolos...
O final, para mim, foi um
grande choque. Nunca imaginei que o Visconde de Sabugosa iria ser a favor do
tamanho. No livro diz que Emília mostrou para ele os benefícios de ser pequeno,
que agora, onde ricos construíam mansões, antes se contentariam com um pequeno
balde, bem como a Cidade do Balde, citado em inglês. Achei que Visconde compreenderia
que, em vez de matar vacas e porcos, poderíamos matar minhocas (lol!), voar em
besouros... Acho que a vida seria melhor.
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