segunda-feira, março 13, 2017

Alguns Haicais...

Haicais


Nos galhos dela
Vida linda crescendo
Vivendo, bela

Seu lindo verde
Vossos galhos molhados
A vida que tens


No bailar belo
Que o vento te faz dançar
Nem vais almoçar


No livro, tema
A preguiça domina
Mas não tem pena


Garrafa nua
Garrafa cheia, lisa
Garrafa sua


Meus braços, dedos
Um pouco agitados
Melhor parados


A vida fora
A vida dele dentro
Pote, coentro


Ouvindo gritos
Ouvindo os lamentos

Fortes apitos

domingo, março 12, 2017

Vida, bela como si só


Vida. Bela como si só
A vida. Tema de minha agenda, neste ano. Tão bonita... Às vezes a gente nem para pra pensar, né? Os animais, a terra, o mundo, as plantas... É tão amplo, tão bonito! E hoje estou aqui para falar um pouco sobre isso. O prazer de fazer uma vida, cuidar dela, vê-la se desenvolvendo... Acho que, de verdade verdadeira, só saberei disso quando for mãe. Mas já começo umas experiências!
Plantar. Um prazer gigantesco e indescritível. Mesmo morando em um apartamento (apertamento, na verdade), damos aquele “jeitinho”, com um pouco de madeira, pregos, disposição e boa vontade. Disposição porque precisamos estar disponíveis para cuidarmos da planta, regarmos, colocar mais terra, monitorar o crescimento. Boa vontade porque, cá pra nós, não adianta querer plantar e nem fazer questão de cuidar! Nosso jeitinho incluiu um parapeito da janela da área de serviço, terra e uma manhã inteirinha... Mas tudo valeu a pena. E... De certa forma, isso cria laços com a terra e com a planta. Temos que acompanhar todo seu ciclo, desde comprar uma semente a regá-la, cuidar, fazer suporte, até poder usar/comer.
O destino final: a mesa. Não consigo nem descrever (a escrita é limitada, afinal) como é colocar um salmão com a sua salsinha de tempero, um suco com a ora-pro-nóbis que você cultivou, um picão que tu criou fazer parte de um molho. De certa forma, tenho orgulho. De outra forma, é muito triste ter que cortar uma planta (uma vida) para comermos e apenas isso! Iremos digerir, evacuarmos e... Fim. Mas o legal é que brota de novo (ao contrário de um braço quando o cortamos). A vida se renova, se regenera.
Caro (a) leitor (a), se quiser treinar para cuidar de algo, não tem nada melhor que uma planta. Seria muito claro se conseguires ou não a vitória (o cuidado não acaba nunca, na verdade): se a planta se desenvolver, terás vencido e saberá cuidar de algo mais complexo. Se morrer... Procure algo mais simples para cuidar. Não esqueça! É uma vida!
Mas nem toda a vida se resume apenas em plantas, não é? Existem os animais. Já relatei várias ocasiões (http://blogdetextosdabia.blogspot.com.br/2015/08/domingodo-abandono-tudoisso-comecou-no.html#comment-form e http://blogdetextosdabia.blogspot.com.br/search?q=como+tratamos+animais+como+objetos)  de abandono, perigo para os pobres bichinhos. (Se não viu, confira!!!). Como falei no texto do segundo link, animal é uma vida. Não merecem que acompanhemos seu crescimento, o alimentamos, demos carinho, amor, proteção... Tudo. Então, os “corações de pedra”, aqui, que somos nós, nos cansamos do bicho e o abandonamos. Eu, por exemplo. Já tive gato e cachorro (mais gatos do que cachorros) e cuidei de cada um com muito carinho. A maioria dos meus gatinhos tiveram fins trágicos: mortos, envenenados... Por pessoas que não gostavam de gatos. E animais são vidas. Por que matá-los?
Leitores (as), fica a dica. Uma vida merece ser cuidada, preservada e renovada. Assim como essa ideia. Renove-a, e prove para você mesmo que sabe amar.