sábado, agosto 01, 2015

Espetáculo "Nina", o Monstro e o Coração Perdido.

Espetáculo “Nina”, o Monstro e o Coração Perdido.
Caro (a) leitor (a)!  O espetáculo Nina é uma peça de teatro que assisti, junto de minha família, no dia 24/07 desse ano, divulgado pelo SESC de Xanxerê. O texto que segue é um breve e detalhado resumo da peça e, bem no finalzinho, minha opinião sobre a peça assistida. Espero que gostem...
Nina era uma menina, assim como as outras. Adorava brincar com todos e todas. Detestava mingau.  Mas, de vez em quando, Nina sentia um aperto danado no coração, e o guardava no cantinho mais profundo e escuro do peito. Sempre que acontecia isso, Nina ia conversar com sua mãe. Afinal, mãe entende de tudo mesmo. Na conversa, a mãe sempre dizia que passava, e o tempo curava tudo. Depois das inúmeras conversas com a mãe, Nina sentia-se melhor. O coração saía do canto mais escuro do peito, e passava a ficar do lado mais largo e feliz. A única coisa diferente que Nina tinha das outras garotas, era que um Monstro morava embaixo de sua cama. Era seu melhor amigo. À noite, os dois conversavam sobre diversos  assuntos:
_Blá-blá-blá-blá, MEDO!
_Blá´-blá-blá, ESCURO!
_Blá-blá, TERROR!
  Era assim que noites se passavam, para Nina e para o Monstro. Porém, um dia, Nina ficou tão triste, mas tão triste, que até preferia não ter sentimentos, para não sofrer. O Monstro contou-lhe que conhecia um amigo, a Ave de Rapina, que levava o coração daqueles indivíduos que não aguentavam mais sofrer. Nina ficou animada e pediu para que o Monstro chamasse a Ave de Rapina e levasse embora seu coração. E assim foi feito. Numa noite, enquanto Nina dormia, o pássaro veio e tirou-lhe o coração.
No primeiro dia depois do acontecido, Nina estava animada: não sentia mais dor. No segundo, triste, pois se não tinha sentimentos, não podia ficar feliz. No terceiro, se trancou no quarto e não saiu. No quarto, estava entediada. O Monstro percebeu e perguntou o que poderia fazer-lhe para ficar feliz novamente. O Monstro preferia uma Nina emburrada e triste a uma Nina que nada sentia, nem felicidade, nem tristeza. Nina também sentia falta do seu coração e queria-o  de volta. E perguntou para o Monstro:
_Monstro! O que a Ave de Rapina faz com o coração dos outros? Quero o meu de volta.
_Ele... Bem, Nina... Ele come.
Disse Monstro, com angústia.
_Não sei como consegui-lo de volta, Nina.
Continuou. Nina de nada disse. Entregou-lhe a chave de seu coração, com o resto de vontade e sentimento que tinha e disse:
_Monstro, você procura a Ave pra mim? Esse é o resto de vontade que eu tenho. Quero meu coração de volta. Por favor, Monstro. Não aguento mais ficar entediada. Tudo bem que fui eu que pedi, mas eu estou cada vez mais me enchendo de NADA! Por favor, Monstro! Por favor...
Monstro pegou a chave e foi-se em busca do coração de Nina. Procurou, procurou, procurou, e procurou mais um pouco, sem achar nada. Por fim, resolveu procurar sua mãe, afinal, mãe sabe de TUDO mesmo!
Sua mãe morava debaixo de uma cadeira de balanço de uma velhinha, no meio do mato. Chegando lá, Monstro explicou sua situação para a mãe, dizendo que sua amiga Nina havia “perdido” o coração e que a Ave de Rapina o levara. A mãe disse, referindo-se a Nina, como amiga do Monstro:
_Então é assim que sou retribuída, como mãe? A gente deixa vocês sem mamadeira, surra bastante, deixa na rua, faz absolutamente de TUDO para que o filho saiba algo no mundo! E é com AMIGAS E AMIGOS que você me devolve a gentileza? Ora... Maldita hora em que meu coração mole não me deixou te largar na rua... Volte aqui seu...!
_Ora mamãe! Não quero briga! Quero só... Uma solução para devolver o coração da Nina de volta!
Disse monstro, mas sua mãe tomou a palavra:
_Mate a Ave de Rapina! Ou então dê seu coração para ela!
_Mas eu não posso matar a ave! Ela é minha amiga!
Disse novamente Monstro, explicando-se:
_E se eu der o meu, fico sem! E eu não gostaria que ela tivesse um coração malvado que nem o meu...!
 _Então, não sei!
_Obrigado, mamãe! Você REALMENTE ajudou muito.
Depois da conversa (que realmente não serviu para nada), Monstro dirigiu-se a parte mais funda da floresta, onde conheceu um menino. O único que não tinha medo dele é verdade, e os dois, tornando-se amigos, foram em busca da Ave de Rapina. Encontraram-na numa clareira, no meio do mato, com vários amigos (animais). O Monstro e o menino perguntaram para a Ave de Rapina:
_Onde está aquele coraçãozinho que a menina Nina pediu para você levar, Ave?
_Bom, eu não comi aquele coração, pois quando vi a pureza de cada sentimentozinho contido nele, decidi guardá-lo, pois tanto amor como esse não deve ser rejeitado. Então, virei vegetariano.
_Cadê o coração de Nina?
_Guardado aqui, mas eu compreendo que vocês precisam dele, e Nina também. Tomem.
Disse a Ave, que lhes entregou o coração, ainda batendo. Não posso deixar de fora que a Ave de Rapina ainda teve que dar uma carona para os dois, pois Monstro, preguiçoso e gorducho, não teria “forças o suficiente” para fazer todo o caminho de volta. Chegando à casa de Nina, Monstro a encontrou deitada em sua cama, triste. Abriu seu coração com a chave e colocou o coração lá dentro.
 Nina continua a sentir novamente, mas ainda confunde um pouquinho os parafusos, de vez em quando. Um bom exemplo é:
_Olha o mingau de aveia!!!!!!!!!!!!
_Eba! Quer dizer... Eca!
Nina e Mostro, agora, conversam sobre outras coisas, assim como:
_Blá-blá-blá-blá, CINEMA!
_Blá-blá-blá, PARQUINHO DE DIVERSÕES!
_Blá-blá, PIPOCA!
E assim, todos foram felizes para sempre! Trocando os sentimentos, de vez em quando, verdade, mas FELIZES!

Caro (a) leitor (a)! Espero que tenham gostado... Agora, minha opinião: A peça de teatro fora bem feita, com o tema que não irá deixar nem você ir ao banheiro enquanto assiste. Deixou-me e a toda minha família emocionada, um verdadeiro espetáculo “racha coração”.  E antes que eu me esqueça, minha mãe acha que eu sou aa Nina, meu pai é o Monstro e ela, a Ave de Rapina. Super adorei e recomendo a todos (as) que gostem de um bom teatro e de ficarem impressionadíssimos (fora encantados)!