segunda-feira, junho 22, 2015

Querer é poder!

Querer é poder!
Essa história começa numa terra não muito distante, pois ela acontece no Brasil, mesmo, na Serra Gaúcha. Serra, Gaúcha, lugar onde muitos jovens e adolescentes precisam trabalhar para auxiliar na pequena renda da família. Um desses jovens? Bom, nosso personagem: Max, é um deles.
Max trabalhava como ajudante em uma empresa de fabricação de vinho à moda antiga, já que sua região não era lá das muito desenvolvidas. Ele precisava, como antigamente, esmagar a uva com os pés (bem lavados), resultando seus pés com uma incrível musculatura, invejável a muitos de seus amigos e colegas de aula.
Porém, Max era tímido, não se enturmando com ninguém. Isso o fez um garoto sozinho. Havia apenas um colega de aula, Emanuel, que era superamigo de Max. Emanuel compreendia-o, pois era mais velho, passando por essa fase de timidez. Mas, Emanuel, como um bom amigo, mantinha o astral diário de    Max nas alturas, contando piadas e falando da vida e de suas experiências pesarosas ao decorrer da mesma.
E Emanuel também incentivava Max a ser algo mais compensador do que o seu mísero cargo de amassador de uvas. Porém, Max nunca deu nenhuma importância para elogios. Ele achava mesmo era que todos queriam vê-lo longe dali; até mesmo o seu melhor amigo. E, além de tudo, achava que era exagero. Ele não queria ser algo mais do que um mero amassador de uvas, mas também nunca tinha pensado em outra opção. Até que sua namorada, Brigitte, lhe deu um valioso conselho:
_Ó, Max. Você, cuja inteligência é pura e músculos perfeitos, de quem experiência não é motivo de tristeza, e possuidor de tamanha beleza... Nunca pensou em ir estudar ou trabalhar em ouro lugar? Auxiliaria bem mais sua família. Traria mais alegria para eles; para mim.
_Mas...
Max queria protestar, mas interrompido novamente por Brigitte, já se levantando para ir embora:
_Não, Max. Nada de “mas”. Pense com carinho nisso. Sua vida poderia mudar completamente, usando todo o talento depositado nesse corpo. Por favor, Max. Por mim...
Então, ela levantou-se e foi embora. Max, ali sentado, ficou pensando na sua breve conversa com ela: sua adorada Brigitte. “Sua vida poderia mudar completamente”, pensou Max na fala de Vigi (apelido que ele mesmo dera para ela). Sua vida poderia mudar mesmo, seu idióta. Pensou Max consigo mesmo. Então, foi nesse impulso que Max decidiu atender ao pedido de Vigi. Ele iria tentar uma nova profissão, que marcasse sua vida para sempre. Queria ser conhecido como o “bambambã” do século 21. Queria (ou gostaria, pelo menos) de ser mais famoso do que o Cristiano Ronaldo.
Bem, pensou ele, talvez eu possa tirar proveito das minhas pernas musculosas e minha velocidade... Já sei! Serei um atleta! Já estou até vendo o meu nome saindo no jornal com a notícia: Max de Azevedo Oliveira dos Santos quebra o recorde mundial de velocidade do mundo! Superou até Bolt!
Claro que tudo isso tinha certo exagero. Mas ele viraria um corredor. Juntou dinheiro e foi-se para Rio de Janeiro, em busca de fama, mais dinheiro e adrenalina. Porém, fazia tudo isso com apenas uma intenção: o nome desta intenção era Brigitte Rodrigues Martins. Ele fazia isso, ao mesmo tempo por gosto e obrigação.
Nove meses depois...
_E então, Max está ultrapassando Usain Bolt! E vai! E vai! E vai! Viva!! Max conquista o prêmio mundial da velocidade! Max de Azevedo Oliveira dos Santos torna-se o novo campeão!
Soou na TV da Serra Gaúcha, onde Brigitte esperava, ansiosa pela derrota de Bolt.  

E aí, querido/a leitor/a: querer é ou não é poder?!