sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Queria ter uma amiga

Queria ter uma amiga


 Queria ter uma amiga,
 que não me deixasse na mão.
 Queria ter uma amiga,
 que me abrisse o coração.
 Queria ter uma amiga,
 igualzinha a mim,
 que fosse delicada,
 que colhesse flores de jasmim.
 Queria ter uma amiga,
 que me desse confiança.
 Queria ter uma amiga,
 que me desse um fio de esperança.
 Queria ter uma amiga,
 ativa que nem eu.
 Queria ter uma amiga,
 que lesse o poema meu.

domingo, fevereiro 08, 2015

O gato Malhado e a andorinha Sinhá
 Livro escrito por Jorge Amado.

 A história é de um gato muito, mas muito maldoso. Sua maior diversão era ver a infelicidade dos outros animais do parque onde viviam.
Em um belo dia, o gato Malhado (fazendo uma de suas maldades favoritas), conheceu a andorinha Sinhá, que diferente dos outros animais do parque, não fugia ou tinha medo do gato Malhado.
 E assim passou-se os dias e o gato Malhado e andorinha Sinhá se conheciam mais e mais. Foi em um desses encontros que a andorinha Sinhá viu que o gato Malhado estava muito triste, como nunca o tinha visto. A andorinha perguntou:
 - Porque estás tão triste, Malhado?
 - É que se eu não fosse um gato, pediria sua asa em casamento!
 Respondeu o gato, prestes a chorar.
 A notícia se espalhou e chegou aos mini ouvidos dos pais de Sinhá:
 - Essas não, não podemos deixar a mais bela andorinha deste parque casar-se com o pior gato de fim-de-mundo!
 Foi assim que eles decidiram “arrumar” um noivo para Sinhá. Pensaram, pensaram, pensaram... Por fim, decidiram que seu professor de canto, o rouxinol, seria um bom marido.
 O casamento ocorreu e todos os animais do parque compareceram na celebração, menos o gato Malhado. Quando ela terminou, a andorinha Sinhá chacoalhou seu buquê de flores e deixou cair uma única pétala vermelha, que o gato Malhado segurou no peito, em cima do coração e deixou que o vento o levasse para qualquer lugar, longe do parque, longe de Sinhá, perto do fim-do-mundo.   
Refletindo um pouco sobre o aprendizado que tive ao ler essa obra de Jorge Amado, concluo que realmente é uma história triste. Lembro-me dos detalhes do livro, das imagens por mim criadas, da injustiça com o gato Malhado, do meu chororô quando acabei o livro. É mais ou menos como o livro do Menino do Dedo Verde, outra obra que me marcou bastante.
 Esta história sempre me fez chorar... O gato Malhado sempre fora para mim, de início, o vilão comum nas histórias, o maldoso. No fim deste livro de Jorge Amado, percebo que o gato Malhado era só um gato precisando de carinho, de alguém que gostasse dele também. Ele havia achado felicidade perto da andorinha Sinhá, mas ela se casou antes com o rouxinol.     
Na vida real, ainda acontece de pais escolherem o marido ou a mulher de seus filhos, mas é agora que eu pergunto, será que os FILHOS querem? Tem alguns que serão solteiros, casados, gays... Isso é uma coisa que os pais não podem determinar. Imagina “Filha, você tem que ter trinta filhos porque eu e seu pai queremos. E não, você não vai se casar com o Marcos, vai se casar com o Romário porque é o marido que eu e seu pai escolhemos para você”. Há pessoas que acham que isso só acontece em filmes, mas na vida real tem muito. Muitas pessoas são obrigadas a se casarem com um sujeito que não querem muitas vezes que nunca viram na frente por obrigação dos pais ou de certas religiões ou crenças. Tem pais que, se tem uma filha recém-nascida, pedem para outra família que tem um menino recém-nascido para que quando crescerem até os 21 anos, por exemplo, se casarem. Tem festas de casamento que o marido e a mulher nem se veem, pois as festas são em diferentes locais da cidade.

E também, através da história, é possível perceber que nem sempre uma pessoa é todo tempo boa ou ruim. Aliás, acho que isso não existe, as prateleiras que se pode selecionar as pessoas e lá colocá-las. O gato Malhado não era de todo mau, assim como as pessoas o julgavam. Então, não devo julgar as pessoas sem antes conhecê-las, pois o ser humano é muito complexo e não cabe em prateleiras.