A Galinha das Penas de Pavão II

... Depois de receber as suas novas penas de pavão, Jessé pensou em exibi-las na “galada” (em vez de balada) que teria à noite. Afinal, Jessé sabia que Jimmy também iria, e ela não queria perder a oportunidade de mostrar suas novas penas a ele.  À noite, Jessé pôs seus pintinhos para dormir, arrumou a crista em um lindo “coque”, lavou muito bem suas penas de pavão e foi em direção ao local onde aconteceria a galada. Chegando lá, arrepiou suas penas de pavão e foi em direção as suas amigas. Crista, Jade e Chita foram as primeiras a vê-la. Jade chegou, já gozando:

-Amiga! Onde é que você comprou essas penas de pavão? No 1,99? Dá para ver de longe que não são verdadeiras...

-Não. São sim verdadeiras, ao contrário de algumas amigas que eu tenho. Aliás, por que mesmo você contou para a Karina aquele nosso segredo?

 Revidou Jessé. Mas Jade não desistia tão fácil:

- Que segredo? A não ser que é aquele de que VOCÊ GOSTA DO JIMMW E DO...

-Fecha o bico, Jade! E... E...

 Jessé começou a gaguejar quando Jimmy passou por ela e a chamou para uma conversinha. Quando estavam num lugar “seguro de intrusos”, Jimmy começou a falar:

-A Jade não presta, mesmo. Vive falando da vida dos outros. Mas o que ela disse... É verdade, mesmo?

-É... Não... Talvez... Mas vamos ao ponto que... Mais interessa: você gostou das minhas penas? São de pavão e...

 -Eu sei Jessé, eu sei. Também sei que você mudou por minha causa. Mas, cá pra nós, eu preferia você do jeito que era antes. Era mais charmoso. Sei também que gosta de mim. Eu também gosto de você, mas gostaria ainda mais se tivesse as penas de galinha.

- É?... Mas eu sempre quis mudar para melhor, mudar para você...

 -Eu te amo igual, Jessé. Mas não precisava mudar por mim. Sou um pouco tímido... Este tempo todo eu estava só tomando coragem para dizer isso. Tchau.

 Dizendo, Jimmy correu pra a saída. Jessé ficou no lugar, pensando que não teria precisado passar dor, se quisesse impressionar Jimmy.

 Esta história serve apenas para mostrar que não devemos mudar pelas outras pessoas, mas sim, assumir o que somos.