quarta-feira, dezembro 10, 2014

Os cinco porcos e suas diferenças

Os cinco porcos e suas diferenças

Era um vez, em uma terra nada distante, porque é aqui mesmo no Brasil, em uma pequena fazenda, no chiqueiro, viviam os cinco porcos.
Eram diferentes, lógico, mas cada um tinha suas ideias, que, por isso, brigavam a cada movimento de translação e rotação da Terra, ou seja, a cada 24hs e a cada 365 dias. Além disso, não sabiam dividir direito as tarefas do chiqueiro, pois foram maus alunos quando tiveram aulas de fração.
Certo dia, enquanto o dono dos porcos estava dando comida para eles, o porco ateu escutou um sussurro do fazendeiro sobre eles :
-  Hummm... Meus porcos estão ficando gordinhos... Vou tratar eles bem, pois o Natal já está chegando e a minha família adora porco assado para o réveillon.
     O porco ateu não pensou duas vezes: precisava contar aos outros porcos. Achou que eles não queriam virar comida de réveillon.
   Quando contou para os amigos o que ouvira, o porco católico respondeu:
- Amigo, se Deus quiser, O Todo Poderoso vai mandar seus anjos da guarda para nos salvar.
 - Há-há-há-há-há! Ô ingenuidade pura! Isso é que é ser burro apesar de ser porco! Deus não existe! Há-há-há-há-há!
      O porco ateu respondeu.
 - Se Deus existe, nunca o vi, pois ele comanda o reino divino dos mortos. Se continuar assim, você nunca vai ver o quanto estou certo quando morrer, pois Deus castiga, irmão!!!
 - Amigos, parem com a discussão! Não estão vendo que se continuarmos com as nossas ideias, vamos mesmo virar comida de festa de réveillon? Temos que nos UNIR! Temos que fazer um plano juntos! Não podemos ir, simplesmente cada um para um lado e pronto, acabou! Temos que fazer juntos! Elaborar o plano juntos! Ir embora juntos! Deixar a fazenda juntos!!!!!
 Diz o porco homossexual.
      Nesse momento, o porco africano e o porco indígena lembram do amigo Lobo-Bom vegetariano e resolvem, juntos, pedir socorro a ele. O plano era simples. Pedir a ele que conversasse com o fazendeiro, explicando a ele que poderia fazer uma ceia com menos carne e mais vegetais, o que além de ser mais saudável, pouparia a vida dos porcos, afinal, a vida dos animais não tem menos valor do que a vida dos humanos.

      E assim aconteceu. O lobo conseguiu conscientizar os humanos e ainda, para fazer isso ser selado, ajudou o fazendeiro a fazer uma horta, com vegetais e frutas, tudo orgânico e sem agrotóxico, pois deixa a terra improdutiva e acarreta a desnutrição. Afinal de contas, segundo a ciência, nossa espécie evoluiu de animais. E para que continuemos o nosso processo de evolução, o mínimo que podemos fazer é respeitar todas as formas de vida, bem como as diferenças. E os porcos? Apesar de suas diferenças, aprenderam a respeitar o outro e viveram unidos parar sempre.

10 comentários:

  1. Que história legal, Bia! E é bem verdade, não comer carne é uma opção, mas comer carne demais não é bom! Beijos!

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    1. Verdade... Mas esta história também serve para ver as pessoas preconceituosas que olham esse blog, pois tem o porco homossexual, e não vejo nenhum problema nisso!

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  2. Parabéns pelo seu lindo texto, e parabéns para sua mamãe, você vai agradecer a ela no futuro por essa cobrança de fazer textos, e você os faz lindamente.
    Abraços

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    1. Ah... Obrigado! Criei o blog com intenção de estimular leitores e escritores, tanto mirins quanto adultos... E eu já a agradeço, pois vejo que na escola, no dia a dia,e na escrita que já estou tendo a influência da leitura e produção de textos!

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  3. Parabéns, adorei o texto e a forma como o escreveu! Vou seguir o blog!

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  4. Poderíamos aprender com esses porquinhos, não é mesmo?
    Parabéns por mais essa bela reflexão.
    Beijo
    Profª Lisane

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  5. É, mesmo... Muito obrigada! É... Temos muito a aprender, não só com a história e com os porcos, mas com quaisquer coisas, pessoas...Tudo que nos rodeia.
    Beijos da Bia.

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