Eu, dando uma de Vidente para 2016!
O início de 2016 foi só foguete.
Literalmente. Na cidade onde eu moro, o céu estava enfeitado. De várias cores.
Todas explodindo, indo e vindo. Minha avó veio nos ver, ficar um dia, só. Mas o
que vale é a intenção! Nós dormimos nas mesmas camas, de casal. Meus pais
acordaram de noite e assistiram a queima de fogos; tudo de camarote. Fiquei
pensando: as pessoas gastam, gastam, gastam e gastam em fogos que já queimam!
Que sentido tem isso? O dinheiro explode! Literalmente, já os fogos também
explodem...
No dia seguinte, já 2016, minha vó foi
embora. Chorei a beça! Ei, não fui só eu! Minha mãe também. É que poderia ser a
última vez que a veríamos viva... Mas não falamos para ela, é claro. Ela levou
minha flor. Uma violeta. Ela gosta de flores, e já que minha mãe a colocaria
fora, para a mudança para Florianópolis. É! Florianópolis! Praia,
beira-mar-norte... Praia, principalmente. Mas, assim que a vó foi, comecei a
pensar em 2016: Florianópolis, praia, mar, 07 de fevereiro, pré-adolescência,
escola, amigos novos, abandonar minha BFF... Tudo isso me atordoava. Mas eu
simplesmente tinha que pensar. Eu já tinha arrumado a metade de minha mudança
em 2015, e a outra metade era pouca. Não me preocupava. Pensava no “chuáááá” e
no vai-e-vem das ondas, e eu participando dele. Era o paraíso dos paraísos.
Florianópolis,
praia, mar, 07 de fevereiro, pré-adolescência, escola, amigos novos. Eu não
podia pensar só no mar. 07 de fevereiro, meu aniversário: O.K. Escola nova: nem
tão O.K assim. Eu provavelmente teria de rezar todo o “santo dia”! (Sim, sim.
Hilário.). Escola católica era uma coisinha complicada. E as ateias não eram
ateias! Tinha religião. Bem, não sei qual é o problema que eu tinha com o
mundo, ou que o mundo tinha comigo, mas ninguém (exceto meus pais) me aceitava
do jeito que eu era: ateia. Nem minhas melhores amigas compreendiam isso. Será
que não acreditar em Deus era um problema, assim, tão grande? Amigos novos: nem
tanto O.K. Fala sério, a maioria dos meus amigos queria me mudar! Porque eu sou
ateia. E uns amigos me metiam em enrascadas com a diretora, o que não era nem
de longe agradável. Mas eu estou sendo pessimista... Ou realista? Era o que eu
descobriria. Mar: O.K! Sempre me imagino mergulhando, boiando, e tentando o surf.
Penso se um dia eu vou conseguir. Mas com determinação, o impossível se torna
impossível e deixa as coisas possíveis! Enrolei-me um pouco na frase, mas disse
o que eu queria. Praia e beira mar? Super.O.K! Minha mãe, meu pai e eu andando
na praia, deixando pegadas, achando, de vez em quando, uma linda concha,
mergulhando, caminhado, curtindo, vendo e deliciando-se com a visão (sem contar
o camarão)! Era isso que eu mais queria!
Estou sendo otimista. Tenho de ser realista.
Em compensação ao paraíso, tem o inferno. O trânsito é só um sinônimo. Os
carros causam congestionamento da 06h00min às 10h00min, do 12h00min às
15h00min, das 15h00min as 19h00min. E quem disse que a moto ajudava?! Isso é
para quem é perito em desviar-se e ir a toda a velocidade, sim. Mas ao
contrário, não. Eu chamo as motos de Florianópolis de “mosquitos”. Isso começou
em umas das muitas vezes que fomos para lá. Enquanto pegávamos o
congestionamento, as motos passavam zunindo atordoadamente nos lados do carro;
originou o nome “mosquito”, que sempre me atrapalha na orelha enquanto durmo. Ai,
que chato!
Mas chato mesmo é ter de pensar no assunto.
É um milhão de milhão de vezes melhor pensar no lado do mar. Que vai e vem.
Assim como a vida, as experiências, o tempo. E é bom aproveitá-lo. Cada um acha
seu jeito. Eu achei o meu. O mar. E o seu? Qual é o seu jeito?
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