Resumo do teatro
“Isto não é uma fábula”
O teatro, realizado ao lado
da igrejinha da UFSC, retrata uma história de escravidão e liberdade ocorrida
na Grécia Antiga. Esopo, conhecido por escrever fábulas (como, por exemplo, A
Raposa e as Uvas, o Leão e o Rato, entre outras), torna-se escravo de Xantós
(um porco capitalista) e, durante a peça inteira, batalha pela sua liberdade.
Nesse meio tempo, a esposa
de Xantós, Cleia, apaixona-se por Esopo, e decide que, sob qualquer
circunstância, ficará ao lado do amado. Já Melita, sua escrava, lhe revela o
amor que sente por Xantós. As duas se combinam: assim que Cleia conseguir a
liberdade de Esopo, fugirá com ele e deixará Melita livre para viver com
Xantós. Porém, Xantós não se dispõe a libertar o escravo, com medo de ficar
“mal falado”, de perder a esposa e consequentemente seu tão amado (mais amado
ainda que a mulher) dinheiro.
Esopo é liberto, por pressão de Cleia, mas
recapturado e acusado de roubar uma taça de ouro no templo de Apolo; se disser
que é escravo, Xantós lhe aplica alguma punição leve, porém escapa da morte.
Caso contrário, deve morrer. Esopo escolhe ser livre! Livre, mas não escravo
novamente. Morrerá como um homem livre. Cleia, que não suporta ver o amor de
sua vida morrer, joga-se do penhasco junto com Esopo, e ambos morrem livres. A
mulher, livre do traste com o qual casou; Esopo, livre do sentimento de
pertence ao traste que o tomou como escravo.
Gostei deste teatro,
enfatizando a liberdade! Liberdade de gostar disto ou daquilo, liberdade de
acreditar nesse ou naquele, liberdade de não pertencer a alguém. Afinal,
quantos já morreram pela sua liberdade? “Uma fábula não é uma história, é uma
verdade. E a verdade é o único motivo de vivermos ou morrermos”. A verdade é
que somos livres! E lutamos, vivemos ou morremos por ela.
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