Uma
saudável decisão
Nossa
decisão começa a partir de um dos problemas de nossa cidade:
Florianópolis. Se pensou em “congestionamento”, pensou
corretamente. Todos os dias, em todos os períodos, vemos a capital
catarinense (ilha) cheia de carros, motos, ônibus, caminhões.
Tantos meios de transporte, que no papel serviria para nos ajudar,
adiantar nossos afazeres… Realiza o efeito CONTRÁRIO, se realizado
na prática. Quanto mais carro, acredite! Mais estresse na estrada. E
quem não é paciente no trânsito… Vira paciente no hospital. E, o
pior de tudo, é que nunca tomamos uma atitude: reclamamos do
trânsito e fazemos parte dele. Esquisito, não?
Foi
assim que começamos: congestionamento. Todo dia íamos de carro para
escola, que fica a uns 5Km de distância de meu apartamento. E todo o
dia, na volta ou na ida, nos congestionávamos. Seja lá em
sinaleiras ou excesso de carro. Sempre a mesma coisa. E, não tenho
vergonha de confessar, andávamos um pouquinho (1Kg, mais ou menos)
acima do peso. Pensamos: temos a Beira-mar. Na Beira-mar, tem
ciclovia e ciclofaixa. E na ciclovia/ciclofaixa, é possível andar
de bicicleta. E, ainda, queimamos calorias abdominais, fortalecemos
bíceps, tríceps e abdômen. Sem contar que usaríamos mais a
bicicleta, já empoeirada no minúsculo bicicletário, cheio de
bicicletas inutilizadas, que os donos ou não se importavam ou tinham
de “enfeite”.
Preparamo-nos
(e até lá, mais uns dias congestionados), com mochilas leves e
flexíveis, compramos faróis para minha bicicleta (uma Caloi 500
novinha!) e para a do meu pai (uma Fischer, com mais idade que a
minha). Juntamos disposição do cantinho mais obscuro da preguiça,
obstruindo o brilho da mesma. E vamos lá!
Mais
um motivo para começarmos a utilizar nossas bicicletas: eu estava
louquinha por uma prancha de surf, roupas e tudo. Como já surfo de
Body Board, quero evoluir um pouco… E gastamos MUITA gasolina indo
de carro. Abastecíamos todos as semanas, e com o dinheiro
economizado, compraremos minha futura prancha. Serve de incentivo!
Não
lembro-me direito do meu primeiro dia. Reconhecimento de área, novos
caminhos, atalhos, trocas de pista… Mas o importante: cheguei sã e
salva em meu colégio. Um pouco despenteada e suada… Mas que
importava? Já ia pensando em mim pegando um swell (SE eu conseguir a
prancha e SE eu tiver coragem…). A aula foi boa, tudo como sempre.
O ar-condicionado ligado, eu com meu casaco de capuz, estava MUITO
sonolenta. Pronta para embarcar no carro e… Epa! Carro? Que nada!
Bicicleta, isso sim! Papai já estava a postos, me esperando.
Marcamos a hora quando saímos, e quando chegamos… SIMPLESMENTE NÃO
ACREDITAMOS. Chegamos de 2omins a 30mins mais cedo do que o normal. E
até h0je, continuamos indo de bicicleta, indo na “carona” da
saúde, dando risada quando passamos pelos carros congestionados,
dando “tchauzinho” para tudo o que fica atrás de nós.
Num
dos intermináveis dias de minha vida, vi, na Beira-mar-Norte, uma
dessas multinacionais de automóveis, anunciando o novo HB20. Olhei
para o lado. Vi um monte de carro congestionado e pensei “será que
precisamos MESMO de MAIS carro?! Não basta isso?!”. E os
anunciantes felizes, felizes por enganar mais trouxas como nós, que
achamos que precisamos de um novo HB20. Se fosse uma bicicleta, algo
como um Caloi mais avançada (velocidade, leveza, marchas), eu até
pensaria no assunto… Agora, mais carro? Logo, logo, não sobre
oxigênio para contar história. Só poluição. Emitida pelos
carros. Carros novos. Carros velhos. Como o HB20. Consumismo. Logo
não vai ter espaço pro carro. Não vai ter atmosfera. Não terá
vida. Eu prefiro continuar de bicicleta, batalhando pela minha
prancha, pela saúde, contra as multinacionais. Lutar pela vida. Uma
dupla a menos na estrada. Uma dupla a mais nas ciclovias. E você? O
que está esperando? Acha perigoso ir de bicicleta, se misturando aos
carros? Tome uma iniciativa. Resolva seu problema. Pois perigoso
mesmo é a ignorância de sempre repetir a mesma coisa dia após dia.
Queridos (as) leitores (as)!
ResponderExcluirPeço desculpas pela letra apertada, mas estou utilizando um notebook diferente, sem o Microsoft World.
Quando houver oportunidade, arrumarei para facilitar a leitura;
Beijos da Bia!